22 de fevereiro de 2010

narrativa na madrugada

Um dia lindo amanheceu. Com ele, um sentimento novo e único. Díficil nomear algo novo. Ela nem queria nomear, queria somente sentir. Uma liberdade lhe invadiu o quarto, assim como o sol que resplandecia na manhã de outono. Lembrava-se daquela noite, como fora inesquecível. Imaginava-se acordando muitos outros dias, ainda se lembrando daquela noite. Pensava em como esperara tanto aquele momento chegar. Como num sonho que se concretiza, ela mesmo o querendo muito, não saberia que seria assim, tão mágico e maravilhoso. Expectativas além do esperado. Sonhos concretizados. Tudo que quisera, acontecera. Depois de tanto lembrar-se, ela dirigiu-se ao trabalho. Com um sentimento de liberdade, de levianidade, de juventude e capacidade. Como era bom viver aquele dia. Ela pensava em como uma vida pode obter tanta alegria de um dia para o outro. Enquanto dirigia, pensava em como sua vida mudaria a partir daquela noite. Daquela experiência.

Ela que pensava tanto no futuro, agora deliciava-se com o presente. O presente sentimento que tomava-lhe conta do coração, da mente e da alma. Sentia-se livre. Plena. Sentia-se forte. Sentia-se alegre. Uma noite. Mil sorrisos. Muitas mudanças.

Jamais depois daquele dia, ela deixou de se permitir viver e sentir algo novo. Mesmo que os seus sentimentos não possam ser medidos em palavras, ela só sabia que tais sentimentos a deixavam muito feliz.

E ela sorriu como nunca pensou que pudesse sorrir de novo. A partir daquela manhã.

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