30 de maio de 2010

Carlos Drummond de Andrade

"Não importa onde você parou...
Em que momento da vida você cansou...
O que importa é que sempre é possível e necessário "RECOMEÇAR".

RECOMEÇAR é dar uma nova chance a si mesmo...
É renovar as esperanças na vida e, o mais importante...
Acreditar em você de novo.
Sofreu muito neste período?
Foi aprendizado...
Chorou muito?
Foi limpeza da alma...
Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia...
Sentiu-se só por diversas vezes?
É porque fechaste a porta até para os anjos...
Acreditou em tudo que estava perdido?
Era o início de tua melhora...
Onde você quer chegar?
Ir alto?
Sonhe alto...
QUEIRA O MELHOR DO MELHOR...

Se pensamos pequeno...
Coisas pequenas teremos...
Mas se desejarmos fortemente o melhor e
PRINCIPALMENTE LUTARMOS PELO MELHOR...
O melhor vai se instalar em nossa vida.
Porque sou do tamanho daquilo que vejo.
E não do tamanho da minha altura."

26 de maio de 2010

Decisões

Nossa. Essa fase de vida é complicada. Sinto ser uma importante etapa, uma crise vital que irá servir pra muitos aspectos no futuro também. Mas, é tão complicado! AI, Poderia usar de muitos adjetivos, mas complicado é uma palavra que não me sai da cabeça. Complicado, porque já foi fácil. Complicado porque é complexo. Tem muitos fatores, tem muitos caminhos, tem muitos comos e porquês. Escolher, decidir, se focar, direcionar, intuir, se motivar. É preciso, e é complicado. Queria ter mais maturidade, queria saber aonde cada passo irá me levar depois. Vivo, em constante aprendizado. Não quero tomar as decisões erradas agora. Eu quero escolher os meus melhores caminhos.

Que em 2020, eu olhe pra trás e sinta que fiz as escolhas certas no hoje!

18 de maio de 2010

Travessia

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Fernando Pessoa

17 de maio de 2010

Reorganizar.

Estando num ambiente pronto, prevísivel e acolhedor, como é díficil partir pra um novo ambiente, que será imprevísivel, desafiador e inesperado.
Ter que reorganizar rotinas, replanejar expectativas, se auto reciclar para poder se adaptar...

Experimentar, vivenciar, se modificar...

E a recompensa disso?

O aprendizado.

2 de maio de 2010

Martha Medeiros: Terapia do joelhaço

"Sentado em sua poltrona de couro marrom, ele me ouviu com a mão apoiada no queixo por 10 minutos, talvez 12 minutos, até que me interrompeu e disse: Tu estás enlouquecendo.
Não é exatamente isso que se sonha ouvir de um psiquiatra. Se você vem de uma família conservadora que acredita que terapia é pra gente maluca, pode acabar levando o diagnóstico a sério. Mas eu não venho de uma família conservadora, ao menos não tanto.
Comecei a gargalhar e em segundos estava chorando. "Como assim, enlouquecendo??"
Ele riu. Deixou a cabeça pender para um lado e me deu o olhar mais afetuoso do mundo, antes de dizer: "Querida, só existe duas coisas no mundo: o que a gente quer e o que a gente não quer".
Quase levantei da minha poltrona de couro marrom (também tinha uma) para esbravejar: "Então é simples desse jeito? O que a gente quer e o que a gente não quer? Olhe aqui, dr. Freud (um pseudônimo para preservar sua identidade), tem gente que faz análise durante 14 anos, às vezes mais ainda, 20 anos, e você me diz nos meus primeiros 15 minutos de consulta que a vida se resume ao nossos desejos e nada mais? Não vou lhe pagar um tostão!"
Ele jogou a cabeça pra trás e sorriu de um jeito ainda mais doce. Eu joguei a cabeça pra frente, escondi os olhos com as mãos e chorei um pouquinho mais. Não é fácil ouvir uma verdade à queima-roupa.
"Tem gente que precisa de muitos anos para entender isso, minha cara". Suspirei e deduzi que era uma homenagem: ele me julgava capaz daquela verdade sem precisar frequentar seu consultório até ficar velhinha. Além disso, fiz as contas e percebi que ele estava me poupando de gastar uma grana preta.
Tá, e agora, o que eu faço com essa batata quente nas mãos, com essa revelação perturbadora?
Passo adiante, ora. Extra, extra, só existe o seu desejo. É o desejo que manda. Esse troço que você tem aí dentro da cachola, essa massa cinzenta, parecendo um quebra-cabeças, ela só lhe distrai daquilo que realmente interessa: o seu desejo. O rei, o soberano, o infalível, é ele, o desejo. Você pode silenciá-lo à força, pode até matá-lo, caso não tenha forças para enfrentá-lo, mas vai sobrar o que de você? Vai restar sua carcaça, seu zumbi, seu avatar caminhando pelas ruas desertas de uma cidade qualquer. Você tem coragem de desprezar a essência do que faz você existir de fato?
É tão simples que nem seria preciso terapia. Ou nem seria preciso mais do que meia dúzia de consultas. Mas quem disse que, sendo complicados como somos, o simples nos contenta? Por essas e outras, estamos todos enlouquecendo."